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31.1.11

.um dia para recordar

Data: 27/01/11
Hora Local (Cozumel – México): 00h23
Hora do Brasil: 04h23

O cruzeiro de metal ainda não acabou, mas o melhor dia dele já aconteceu e, se pá, o meu melhor dia desde que embarquei no MJ há 15 meses atrás. Finalmente saímos de eixo USA-Bahamas e fomos navegar em águas do Golfo. E pela primeira vez neste contrato eu escrevo aqui porque tenho vontade de contar uma novidade, e não por “obrigação” da mensalidade.

As emoções de hoje começaram quando vi Crown Princess estacionado (sic) do nosso lado. Irmãozinho gêmeo do meu Grand Princess. Que saudade enorme me deu. Pisar num país novo, ver meu primeiro navio e ter quase certeza de que meu pintche amigo peruano estava lá foram emoções iniciais. Mas eu estava mais empolgado em conhecer a bendita Cozumel.

Alugamos um carro. Um Jeep Troller. PQP, que delícia dirigir de novo depois de 5 meses. Eu, Camila, Diego do Brasil, Kristi (Canadá), Rafael (Colômbia), Angelica (Romênia) e Antwane (EUA). Ok, foram 2 carros orque estávamos em 7. Claro que depois de jogar NFS o mês inteiro e assistir Fast & Furious ontem à noite eu achei que tava competindo. Basicamente, batendo 120Km/h all the way... até a policia nos parar. Na verdade, a parada foi pela zona que o povo fazia lá atrás, de pé e zoneando, ouvindo no último volume a super 93.1Mhz cozumeliana. Tudo como tinha que ser, mas o seu polícia não gostou e me fez parar. Depois de muita ladainha, a gente não teve que pagar nada (fiquei com medo de oferecer propina e ele me prender.. haha), mas ele ficou com meus dados da carteira de motorista e.. tcharammm, mais um país que eu fico queimado, logo na primeira vez que eu piso. Lembram qual foi o outro? Sim, UK, mais especificamente em Gibraltar (digamos que pedalar na pista de pouso foi um tanto quanto malandro). Mais uma pisada de bola em UK e México e eu posso ser preso. Haha mal elemento.

Enfim, depois da diversão com o seu puliça a gente seguiu viagem (à oitentinha por hora). Paramos pra beber, paramos pra comer, paramos pra visitar as ruínas e tiramos muitas, muitas fotos. Em cada parada a gente encontrava mais gente do navio, que também tinha alugado carro. Nossa última parada foi num hotelzinho barato, mas que tinha um pequeno píer pra gente se jogar na água. Nadei pouquíssimos metros, mas deu pra matar a vontade também (não lembro quando tinha sido a última vez), e isso me lembrou muito o episódio de Mônaco com o Victor e os pivetes franceses. Nesse lugar estavam todos nossos amigos do navio, Cruise Division inteira quase. Foi um meeting point desprogramado, mas que deu certo. Voltamos embora quase juntos, em cima do laço, no limite pra entrar no navio.

No fim das contas, tudo valeu. Valeu se queimar com a policia. Valeram todas as fotos. Valeu beber na beira da praia. Valeu andar pelas ruínas de pedras. Valeu comer comida mexicana no México. Valeu se jogar do píer. Valeu se perder pra voltar pro navio. Valeram os nem 60 dólares que eu gastei com tudo isso. Valeu por ter excelentes companheiros pra fazer desde dia mais um dos dias inesquecíveis dessa vida que eu levo, dessa vidinha de marinheiro. Se podia ser melhor que isso? Acho que não, a gente fez tudo que queria e que se podia fazer nesse tempo que a gente tinha, nessa nossa única parada no México.

Mais um país pra lista! Ao infinito e além!

E o cruzeiro de metal? Nem te conto. O melhor cruzeiro da minha vida, sem dúvida nenhuma. Quase nada de trabalho, bandas a todo momento em todo lugar, gentes loucas em todos os cantos do navio. E, claro, a cor oficial é o preto. Eu que trabalho de branco me sinto até mal. E acho que a gente, tripulação, ta se divertindo mais do que os próprios passageiros. E pra melhorar, vi a meio metro de distância o show do Sonata Arctica e quase chorei de saudade dos meus amigos durante Victoria’s Secret. E quase choro agora porque o random do meu iTunes acaba de colocar pra tocar essa mesma música. Telepatia?!

Obrigado, MJ, pelo dia de hoje. Minha missão por aqui está quase cumprida e sentirei saudades suas.

Tiau!