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22.2.10

.do ya have to let it linger

Data: 30/01/10
Hora Local (Miami - USA): 03h40
Hora do Brasil: 06h40


Fiquei protelando o post e acabou passando do dia duplamente especial. Na verdade, só lembrei da especialidade dele nessa madrugada sem sono.

Ontem completei 2 meses aqui. Ao mesmo tempo que parece que cheguei ontem, parece também que vivo aqui faz uma eternidade. Mas não me sinto cansado e nem enjoado disso, e acho que essa é a energia certa pra esse momento, pra que eu termine esse contrato sem sofrer tanto.

Ontem também foi um dos shows d’Os Cranberries no Brasil. Um dos 4 shows. Mas foi o dia que eu me prometi chorar agarrado na minha camiseta “south american tour” que eu comprei, mas que ainda nem vi (deve ter chegado lá em casa por correio). Bom, nem chorei. Acho que é porque não tinha a camiseta. Mas quase chorei por lembrar que eu prometi chorar nesse dia. Enfim, antes que eu chore e pareça tiete demais, vou parar por aqui no assunto. Mas depois de 19 anos de história sua banda predileta faz o primeiro show no seu país e você sequer está no seu país pra sequer pensar se quer ir no show é realmente triste.

Na real nem posso chorar. Fui no médico nos dois últimos dias, e tenho que ir hoje de novo. Simplesmente apareceu uma coisa branca no meu olho. Quando notei isso achei que eu tava ficando cego. Corri pro médico. Ele disse que é uma inflamação na pupila. Pelamordedeus (sic), eu nem sabia que isso era possível. Me deu 2 colírios, um tampão de olho e me pede pra voltar sempre no dia seguinte pra ver a evolução. Se não evoluir, tenho que ir num oftalmologista em Miami. Mas pra minha alegria tá evoluindo, a coisa branca tá sumindo. E a única explicação é a lente de contato. Que merda!

Uma parada que eu comentei no twitter mas não aqui, é que semana passada teve Sport’s Deck exclusivo pra crew, plena madrugada. Escalei e joguei futebol (tss, futebol tosco, de golzinho e nem tinha lateral). Na escalada até fui bem. Cheguei no nível 4/5. No futebol, meu time de latinos (eu era o único brasileiro) chegou na final. Empatamos em 1x1 e foi pros pênaltis. Todo mundo acertou, menos eu. Como bom brasileiro, eu era a estrela do campeonato. Pra fazer os times eu só ouvia “o brasileiro é nosso” pra todo lado. Coitados. Eu não quis decepcioná-los, até que joguei bem. Mas na disputa de pênaltis a pressão foi grande em cima de mim, ficaram me vaiando (sacanas!) e eu fui lá e afundei o título chutando na trave. Minha desculpa foi que o navio balançou bem na hora, mas não colou. Tudo bem, primeira medalha de prata numa competição internacional. Tá de bom tamanho. Há!

Daqui 2 dias tem Dry Dock. Trabalhar num navio fora d’água vai ser uma experiência bacana, sem falar que é um porto diferente pra conhecer nas Bahamas: - “Freeport, here we go!”. O risco de acidentes e incêncdio é grande. No último foram 3 incêndios. Vou tentar não morrer em um deles, porque farei parte de equipes de “fire patrol”, que nada mais é do que procurar focos de incêndios ao longo do barco - todo mundo ganha “funções especiais”. Safety first!

Tá passando Casino Royale na TV. Bond vai pra Nassau e no primeiro take aparece o Atlantis Resort & Casino de fundo (não é o cassino do filme – que fica em Montenegro), que por acaso é a mesma visão que eu tenho a cada 3 dias atracado em Nassau (na bem verdade é a Paradise Island).

“I like big butts n’ I can not lie” – nunca pensei que eu fosse assistir Friends.